segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Porque comer pimentas puras???

"Puxei" isto do mesmo blog que fala do prefeito de Rio do Sul...

Vejam só:

Para pensar: Dormindo com o próprio inimigo
Por Pedro Mello | 15/09/2009 - 22:46

Achei interessante os comentários do post sobre meu recente acidente com a Matrix... ainda que poucos, todos com certa reflexão. É compreensível que apenas alguns corajosos tomem a iniciativa de escrever, afinal pensar dá trabalho. A massa simplesmente não pensa, apesar de achar que está o tempo todo com a cabeça funcionado. Aliás, muitas vezes funciona tanto que um simples filme, supostamente de luta marcial, deixa de ser tão revelador. É apenas mais um filme de efeitos especiais bacanas made in Holywood.

Em 1866 nasceu um maluco chamado George Ivanovich Gurdjieff, estudioso da cuca humana e esotérico, deixou um rastro de grandes influências para futuros gênios da psicologia.

Uma das histórias interessantes que ouvi sobre ele contava a chegada da Rússia de outro doido varrido chamado Ouspensky, um filósofo Russo qeu resolveu ir à Paris à pé para estudar com Gurdjieff. Como Ouspensky não tinha onde ficar, Gurdjieff pede emprestado um apartamento à um dos membros do grupo de estudos, pega o recém chegado e o leva até sua nova residência. Chegando lá, fecha todas as janelas do apartamento e diz a Ouspensky que voltaria em três dias para pegá-lo e pede que, nesse período, fique sozinho no escuro.

Três dias depois o doido vai buscar o varrido e ambos saem andando pelas ruas de Paris. Alguns quarteirões depois, ele para, olha para sua volta e pergunta a Ouspensky:

- O que você vê?

Ouspensky para, observa aquela multidão de gente andando de um lado para o outro, correndo, bondes passando, charretes, buzinas e todo movimento da cidade da luz. Olha para Gurdjieff e diz:

- Eu vejo um monte de sonâmbulos.

Nesse momento começa a iniciação de um dos maiores discípulos de Gurdjieff, que precisou ficar em silêncio num quarto escuro por três dias e noites para finalmente entrar em contato consigo mesmo, longe das distrações do mundo moderno, e finalmente perceber o que seria, 150 anos depois, a construção da visão moderna da Matrix.

Reduzindo a miúdos, quanto mais nos ocupamos, mais somos reféns da Matrix, como o hamster que correr sem parar na sua roda sem perceber que não sai do lugar. Somente que o observa consegue ver isso. Quem está lá dentro não é nada mais nada menos do que uma simples bateria, uma pilha para o sistema.

(...) (do blog do Pedro Mello na Exame: http://portalexame.abril.com.br/blogs/pedro_mello/20090915_listar_dia.shtml?permalink=196426)
Eu lia Gurdjieff quando me converti. Desfiz-me de muitos livros que não achava "convenientes", entre eles um dele (seria "Encontros com homens notáveis?" Não! Achei no Google, acreditam? Procurando pelas seguintes palavras-chave: mercado pimentas vermelhas comendo. O livro era "Relatos de Belcebú a su Nieto", assim mesmo, em Español. Agora entendo porque o achei inconveniente... Poderia escandalizar a algum irmão...). Hoje percebo que não precisava ter-me livrado deles... A liberdade da Graça é uma maravilha!

Uma das passagens de que me lembro é a do homem que gastou seus últimos centavos comprando linadas frutas que nunca tinha visto. Ao retornar para casa, sentou-se à sombra de uma árvore e provou a primeira: queimou-lhe a boca e a garganta! Mas foi comendo todas, uma a uma, pois tinha gasto todo seu dinheiro com elas...

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