quinta-feira, 31 de março de 2011

Não é revoltante?

É "o Sistema":


Os bancos das grandes democracias ocidentais são cúmplices de um crime contra a humanidade
Os bilhões que são roubados a cada ano dos países mais pobres seguem sempre o mesmo caminho que os leva aos maiores bancos das democracias ocidentais. É um crime contra a humanidade.
A reportagem é de Eduardo Febbro e publicado pelo Página/12, 27-03-2011. A tradução é do Cepat.


Um crime contra a humanidade. Silencioso, sem violência aparente. Uma espantosa máquina de pilhagem dos povos levada a cabo com a cumplicidade do sistema bancário mundial. As fortunas dos ditadores estão dormindo nos bancos ocidentais enquanto dezenas de milhares de pessoas morrem de fome ou não têm condições de pagar o tratamento da Aids.
Jean Claude Duvalier no Haiti, Ali Ben na Tunísia, Hosni Mubarak no Egito,Joseph Mobutu no Zaire (atual República Democrática do Congo), Sanu Abacha na Nigéria, Omar Bongo no Gabão, Manuel Noriega no Panamá, Um-ssa Mu-Traoréem Mali Augusto Pinochet no Chile, Muammar Kadafi na Líbia, Ferdinand Marcosnas Filipinas e N'guesso Sassu no Congo Brazzaville.  As fortunas desses tiranos são depositados em bancos internacionais ou transformadas em investimento fabulosos em propriedades em Londres, Paris, Nova York ou Dubai.
Poucos dias atrás, a UE decidiu congelar os bens do governante líbio, da Autoridade de Investimentos da Líbia – LIA, e do Banco central da Líbia. Ambos os depósitos representam 150 bilhões de dólares. Colossal. A revista de gestão de ativos My Private Banking estima que 33% das fortunas de África e do Oriente Médio no exterior são depositados em bancos suíços, que representam 74 bilhões de dólares. Cada ano, entre 20 e 20 bilhões de dólares saem ilegamente dos países em desenvolvimento. Nos últimos 15 anos, apenas 5 bilhões foram devolvidos. A Suíça gerencia 30% dos ativos offshore do mundo e Londres uma quarta parte.
Os déspotas ou políticos corruptos que levam o dinheiro para o exterior têm um nome específico na linguagem bancária: politically exposed individuals. Isso não os impede, entretanto, de colocarem o seu dinheiro onde bem entendem. E há de todas as cores. Os muito eficazes e discretos –  os “shadow banking” (bancos da sombra) são os responsáveis pela reciclagem do dinheiro manchado de sangue. A imprensa britânica calculou que a fortuna do clã Mubarak chega a de 70 bilhões de dólares. O ditador da Tunísia foi muito mais modesto no saque do seu povo, com uma fortuna de 5 bilhões de dólares, quase a metade do que foi roubado pelo déspota Ferdinand Marcos nas Filipinas, durante o quarto de século em que martirizou o seu país – cerca de 10 bilhões.
Tendo em conta estes três, o ditador haitiano Jean-Claude Duvalier, Baby Doc,parece um pobretão, com 200 milhões de dólares transferidos para a Suíça. E o pobreAugusto Pinochet e seus 20 milhões de dólares roubados se assemelha a um triste mendigo de um bairro rico. Depositou no Riggs Bank of America e, é claro, em paraísos fiscais.
O ex-presidente Omar Bongo do Gabão tem 39 propriedades na França, 70 contas bancárias e nove carros de luxo. Sassu N'guesso tem 18 propriedades e 112 contas bancárias abertas na França. Depois de intermináveis processos judiciais, o tribunal francês aceitou que se abrisse uma investigação sobre os "bens ilícitos." O sociólogo político suíço Jean Ziegler, atual vice-presidente de Direitos Humanos da ONU estima que dos "905 bilhões do dinheiro estrangeiro depositado na Suíça, 280 bilhões provém de países da Ásia, América Latina e África. Em 90% dos casos, se trata de dinheiro roubado das pessoas mais pobres do planeta".
Os inescrupulosos Joseph Mobutu do Zaire, Sabu Abacha da Nigéria, Omar Bongodo Gabão e Mussa Traoré do Mali são um exemplo claro da análise de Jean Zigler. Após cinco anos de poder despótico, o nigeriano Abacha roubou 2,2 bilhões de dólares do banco do Estado. O maliense Traore tinha 2,4 bilhões de dólares na Suíça e em Mônaco. A Confederação Suíça identificou 3,4 bilhões de de dólares pertencentes ao ex-presidente Joseph Mobutu do Zaire – 34 anos no poder –, e esse montante é apenas uma fração dos 10 bilhões que roubou.
Um relatório do Banco Mundial calcula conservadoramente os fundos a cada ano roubados pelos ditadores de suas aldeias, entre 20 a 40 bilhões de dólares. A sede desses assassinos de suas próprias sociedades, com a cumplicidade do sistema bancário internacional não tem limites. A impunidade e a conivência do Ocidente são perfeitamente comparáveis aos crimes contra a humanidade quando se sabe que apenas 100 milhões de dólares por ano possibilitaria o tratamento de 600 mil pessoas com Aids. Entretanto, no interior do moralista G-20, países como a Alemanha e o Japão ainda não ratificaram a Convenção da ONU contra a Corrupção, Cnucc – a Convenção de Mérida.
As rotas dessa espoliação são bem conhecidas: Londres, Luxemburgo, Suíça, Bélgica, Mônaco, Ilhas Cayman. O dispositivo Stolen Assetes Recovery – Recuperação de Ativos Roubados – que a ONU e o Banco Mundial usam para combater a corrupção, colide muitas vezes com os argumentos jurídicos. A Stolen Assetes Recovery colaborou com o governo haitiano em processos judiciais com vistas à restituição de 7 milhões de dólares da família do ditador Jean-Claude Duvalier congelados na Suíça. O Estado suíço colaborou, mas, em seguida, o Supremo Tribunal suíço anulou a sentença.
Entretanto, para os atores anti-corrupção, as revoltas em todo o mundo árabe e a subsequente onda de bloqueio e congelamento de contas de fundos irá mudar as coisas. Daniel Lebègue, presidente da Transparência Internacional da França, destacou que "percorreu-se em três semanas mais do que em 15 anos." Os problemas políticos, financeiros-militares de Muammar Khadafi demonstram o absurdo de como o sistema financeiro internacional, cujo coração está nas grandes democracias do Ocidente, desempenha um papel fundamental na protecção dos fundos dos ditadores.
Até 2003, a Líbia não participava do mercado global de finanças. A partir desse anoKhadafi se reconciliou com o Ocidente e a Líbia deixou de estar sob o peso das sanções internacionais. O ocidente abriu as portas do seu capital, dos seus bancos, de suas empresas e da ONU. Em 2006, o regime de Tripoli copiou o famoso modelo dos fundos soberanos de países do Golfo e criou a LIA – Líbia Investment Authority. Esse fundo, com sede em Trípoli e em Londres, moveu entre 65 e 75 bilhões de dólares. O tesouro americano bloqueou até o momento 32 bilhões de euros.
LIA investiu o seu capital em grandes empresas italianas (bancos, a Fiat, a Finmeccanica) e empresas de informática na França e na Grã-Bretanha, entre outros países. O fundo de soberano não tem nada. Em vez de beneficiar o povo líbio, a LIA é controlada inteiramente por um dos filhos de Kadafi, Seif al Islam. O bloqueio de contas pessoais Khadafi e dez de seus parentes permitiu imobilizar em Londres 1,5 bilhões de dólares do ditador dólares e de cinco membros de sua família. Mas esse montante não é nada da verdadeira fortuna escondida no exterior, calculado em 14 bilhões de dólares.
O maior obstáculo é como identificar os fundos. Tony Wicks, especialista em lavagem de dinheiro e diretor do Actimize Nice, uma empresa especializada no combate à fraude, destacou que a transcrição dos nomes árabe é um dos grandes truques para evitar a detecção. "Na França, Estados Unidos ou a Grã-Bretanha, o nome de Khadafi pode ser escrito como Qadafi ou Gaddafi. Calculamos que com o nome e o sobrenome completo de Muammar Khadafi se podem fazer 115.000 combinações possíveis”.


A ONG britânica Global Witness levantou duas questões pertinentes que abrange a conduta ocidental frente aos ditadores: Esses dinossauricos assassinos permaneceriam no poder sem a cumplicidade bancária das grandes democracias? Teria sido necessário a intervenção militar na Líbia, se os bancos ocidentais se recusassem a trabalhar com o dinheiro de Khadafi? Sem dúvida, as coisas seriam diferentes. "Ao aceitar esse dinheiro, os bancos permitiram a esses regimes brutais pagar aos seus amigos políticos, fraudar eleições e aterrorizar suas populações", observa a Global Witness.
Com relação às fortunas fabulosas guardadas no exterior pelo presidente egípcio Hosni Mubarak, o tunisiano Ben Ali, ou mesmo de Khadafi, Anthea Lawson, um ativista da Global Witness Cleptocracia, observa que " os bancos nunca poderiam ter aceito esse dinheiro e nem os governos poderiam ter permitido". Mas o dinheiro não tem cheiro. Vem de um bordel, de um pacote de cocaína, dos circuitos sujos do sistema financeiro internacional ou do sangue dos povos oprimidos pelos tiranos do mundo e fica “limpo” no mesmo lugar: os bancos.


(de http://www.ihu.unisinos.br/index.php?option=com_noticias&Itemid=18&task=detalhe&id=41877)

sábado, 19 de março de 2011

Filhos...

Meu filho escutando lá no PC dele "Vamos Fugir"... Ah! Que alegria
trás senti-lo curtir isso! "Onde haja um tobogã, onde a gente esco rag."

Ao mesmo tempo sinto-me triste de saber que o filho de duas pessoas que prezo foi para outra esfera: João Alexandre Cortesi Lempek... Caiu no Rafting no carnaval...

Pais e filhos...

Minha filha, após eu lhe falar: - "Use menos cosméticos":
- " Pai, tome menos cerveja!!"

Huimmm!

c

terça-feira, 15 de março de 2011

A falácia da energia nuclear

Já ouviram falar do "balanço energético"? Li sobre isto pela 1a vez hás uns 30 anos, em livros de cultura alternativa: Pode-se obter um índice de rendimento ou simplesmente contabilizar toda energia investida e subtrair a obtida...
Exemplo: Fabriquei uma enxada. Gastei 10.000 KCal para buscar o pau do cabo na floresta, 5.000 KCal para corta-lo, 5.000 KCal para montar a dita... Estou desprezando o gasto de energia na fabricação da ferramenta usada pra cortar o cabo da enxada...
Total investido na fabricação da enxada: 20.000KCal.
Esta enxada durou 1 ano e investi da minha energia durante este ano 100.000 KCal pra plantar/colher aipim.
Total energia investida pra obter o aipim: 120.000 KCal (120 MCal).
Total de energia que o amido do aipim me rendeu:
120.000.000 KCal (120.000 MCal ou 120 GCal)
Isso foi apenas um exemplo hipotético, com números irreais.
Dividindo a energia obtida pela energia investida obtemos o índice.
Ou subtraindo a energia investida da energia obtida... Resultado MUITO POSITIVO!
Pois no caso da central nuclear, há que se considerar TUDO, desde a energia gasta com a mineração do Urânio, energia gasta com enriquecimento do mesmo, energia gasta com a construção das usinas de enriquecimento de Urânio, energia gasta com a construção das usinas nucleares em si, energia gasta com a manutenção das usinas, energia gasta com os sistemas de proteção, energia gasta com a construção, vigilância e manutenção dos sistemas de armazenamento do lixo por tantos anos quanto necessário (1000 anos? Mais?)
Imaginem no que resulta! Balanço energético NEGATIVO! Quem lucra com isso? GRANDES CORPORAÇÕES! INTERESSES DE GENTE QUE IGNORA ESTE CONCEITO!

sexta-feira, 11 de março de 2011

É... Besteira!

Lembrei! Já tinha falado várias vezes que eu queria a manteigueira que eu tinha... Ela "dispensou", jogou fora, descartou sem me falar, como a muitas coisas que eu prezava...
Daí o considerar que sou desprezado...

Besteira, não?

Porque não estou contente?

Estava me deliciando com o caldo verde que "minha esposinha" preparou. Teci o comentário: - Delicioso, obrigado!"
Ao que ela respondeu: - " Não tens porque agradecer..."
Daí, não sei porque, surgiu um conflito...
O "alemão malvado me atacou"... Queria saber porque surgiu o conflito, mas não me lembro. Sei que respondi, após ela dizer, em resposta ao meu falar, de que "ela não sabia me agradar", de que "tú também não sabes"...
- "pois é, mas tu também não cumpres o que diz a Palavra de Deus"...

Triste!

quarta-feira, 2 de março de 2011

O Filho Que Eu Quero Ter...

É esse!

Cheguei! Meu filho ainda não tinha saído pro curso...
Deu-me um beijo, pegou o carro e foi. Sabem que ele dirigiu metade da viagem de CTB pra FNS?

A Elvirinha me disse há pouco: - "O Mateus disse pra vc usar o PC lá do quarto dele..."

Desci e aqui estou. Com os olhos ainda molhados depois de ver a mensagem que ele me deixou no Word:

Oi paizão :D deixei uma música do Eddie Vedder aberta no media player e a letra aberta no chrome acho que vais gostar...

Achei ele parecido com o pai, naquela foto que tais no meio do capinzal e com um chapéu.

As fotos que ele esteve olhando ele achou aqui: https://picasaweb.google.com/cesario.simoes
As fotos: 
3. https://picasaweb.google.com/cesario.simoes/CostaDaLagoaOndeMorei#5124186957685762386 (isto foi tu que me recuperou! Fazes parte da história!)
e

Society Eddie Vedder
Oh, it's a mystery to me
We have a greed with which we have agreed
And you think you have to want more than you need
Until you have it all you won't be free

Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...

When you want more than you have
You think you need...
And when you think more than you want
Your thoughts begin to bleed
I think I need to find a bigger place
Because when you have more than you think
You need more space

Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...

There's those thinking, more is less, less is more
But if less is more, how you keeping score?
Means for every point you make, your level drops
Kinda like you're starting from the top
You can't do that...

Society, you're a crazy breed
Hope you're not lonely without me...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...

Society, have mercy on me
Hope you're not angry if I disagree...
Society, crazy indeed
Hope you're not lonely without me...
Sociedade Eddie Vedder Revisar traduçãoCancelar 
É um mistério para mim
Nós temos uma ambição que concordamos.
Você pensa que você tem que ter mais do que precisa.
Até você ter isso tudo, você não estará livre.

Sociedade, sua raça louca.
Espero que você não fique só sem mim.

Quando você quer mais do que possui.
Você pensa que precisa.
E quando você pensa Mais do que você quer.
Seus pensamentos Começam a sangrar.
Acho que preciso Encontrar um lugar maior.
Pois quando você tem Mais do que você pensa.
Você precisa de mais espaço.

Sociedade, essa raça louca.
Espero que você não esteja tão só sem mim.
Sociedade, realmente loucos.
Espero que você não esteja tão só sem mim

Existe esses que pensam que mais é menos, menos é mais
Mas se menos é mais, como você pode continuar pontuando?
Significa que a cada ponto que você marca, sua pontuação cai
Meio que parece estar começando do topo
Você não pode fazer isso...

Sociedade, essa raça louca.
Espero que você não Esteja tão só sem mim.
Sociedade, realmente loucos.
Espero que você não Esteja tão só sem mim

Sociedade, tenha pena de mim
Espero que não fica com raiva, se eu não concordar...
Sociedade, realmente loucos.
Espero que você não esteja tão só sem mim
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