o jaguadarte é um poema nonsense de lewis carrol, que aparece no livro alice através do espelho, que é um dos meus favoritos da vida. o título original é jabberwocky (que também é o título de um filme do monty python, também em homenagem ao poema).
o poema é um dos grandes testes para qualquer tradutor, assim como guimarães rosa e james joyce, lewis carrol inventou quase todas as palavras do poema, que é considerado o maior poema nonsense da língua inglesa (ui!). ainda bem que a tradução para o português é doaugusto de campos, senão, vai saber o que o monstro ia virar? sim, porque o jaguadarte é um monstro, uma criatura terrível, com olho de fogo, um horror!
mas porque um blog sobre coisas de criança tem um nome de monstro? ah, porque monstro é legal, ora bolas! se fosse tudo muito fofinho a gente morria de diabetes. vamos ao poema:
jaguadarte
era briluz.
as lesmolisas touvas roldavam e reviam nos gramilvos.
estavam mimsicais as pintalouvas,
e os momirratos davam grilvos.
“foge do jaguadarte, o que não morre!
garra que agarra, bocarra que urra!
foge da ave fefel, meu filho, e corre
do frumioso babassura!”
ele arrancou sua espada vorpal
e foi atras do inimigo do homundo.
na árvore tamtam ele afinal
parou, um dia, sonilundo.
e enquanto estava em sussustada sesta,
chegou o jaguadarte, olho de fogo,
sorrelfiflando atraves da floresta,
e borbulia um riso louco!
um dois! um, dois! sua espada mavorta
vai-vem, vem-vai, para tras, para diante!
cabeça fere, corta e, fera morta,
ei-lo que volta galunfante.
“pois entao tu mataste o jaguadarte!
vem aos meus braços, homenino meu!
oh dia fremular! bravooh! bravarte!”
ele se ria jubileu.
era briluz.
as lesmolisas touvas roldavam e relviam nos gramilvos.
estavam mimsicais as pintalouvas,
e os momirratos davam grilvos.
- tradução de jabberwocky de lewis carroll por augusto de campos
(de http://minasdeouro.glamurama.uol.com.br/2009/04/28/jaguadarte/)
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